A Jornada do Autoconhecimento é Solitária
- Estela Turozi.

- 12 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
” Viver a si mesmo significa: ser tarefa para si mesmo. Não será nenhuma alegria, mas um longo sofrimento, pois precisas tornar-te teu próprio criador.” Carl Jung.
” Precisamos compreender que o sentimento de abandono nos acompanha sempre, porque, no momento que assumimos tudo sobre nós, estamos realmente sós.
Devemos nos encher com essa sensação: viver como pessoas abandonadas, porque só assim a vida está em nossas mãos. De vez em quando a coletividade nos fará vislumbrar a imagem de algum modelo de vida que nos liberte do sentimento de abandono, mas se tratará exatamente de uma miragem.
Usando as categorias dos outros, temos a ilusão de estar falando uma linguagem comum e de não estarmos sós, mas este é o enésimo engano, um autoengano que nos faz perder a existência.

Caminhada
Se agimos de modo igual aos outros, em vez de aceitar o sentimento de abandono, traímos a vida porque usamos um código que não nos pertence. Na realidade cada indivíduo deveria inventar a sua modalidade, que é válida só para ele, e podemos dizer que também a linguagem é verdadeiramente válida só quando é pessoal.
Por isso, o grande artista cria uma linguagem que é unicamente sua: ele entrou, assim, profundamente no sentido da vida em que a modalidade expressiva já existente não lhe serve mais e é compelido a inventar um modo novo de fazer poesia, de fazer pintura, de fazer música. Esses grandiosos eventos são, pois, também os nossos passos no crescimento psicológico.
Cada um, no seu nível, deve encontrar o seu código. Isto significa ter aceitado ser abandonado por aqueles que continuam a “fazer sempre a mesma música”.
Carl Jung. Livro Vermelho Liber Novus. pg. 249. Aldo Carotenuto. Eros E Pathos Pg. 231.









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