top of page

Para Além do Certo e do Errado: O Salto na Sua Análise

  • Foto do escritor: Estela Turozi.
    Estela Turozi.
  • 12 de nov.
  • 2 min de leitura

ree



Se você já está trilhando sua jornada analítica há algum tempo, certamente já percebeu o quanto a vida insiste em nos prender a uma bússola moral rígida: o Certo e o Errado, o Bom e o Mau.


É comum chegarmos à análise presos a essa dualidade. Olhamos para nossas escolhas passadas e emitimos um veredicto: "Fiz errado", "Sou culpado(a)". Essa é a voz da culpa, um sentimento pesado que paralisa e nos mantém reféns de uma regra externa, impedindo o verdadeiro movimento.


A Decepção Necessária


O amadurecimento na análise exige um "salto". Exige que deixemos de lado a cômoda posição de nos sentirmos vítimas ou culpados para assumirmos a complexidade dos nossos desejos.


O Certo e o Errado, muitas vezes, são apenas a moral da família, da sociedade ou do medo que internalizamos. Quando essas certezas binárias caem, sentimos, paradoxalmente, um alívio e um terror. O terror reside na liberdade de ter que escolher sem um mapa pronto.


Da Culpa à Autorresponsabilidade


O verdadeiro ganho da análise não é descobrir "o que eu devia ter feito", mas sim por que eu fiz o que fiz.


  • A Culpa pergunta: "Quem me punirá por ter feito isso?"

  • A Autorresponsabilidade pergunta: "Qual desejo meu, qual medo, qual história se manifestou nessa ação, e o que eu farei com essa informação agora?"


Você não está mais buscando um juiz, mas sim a compreensão profunda das forças que te movem. É o movimento de deixar a moral do rebanho para encontrar a sua ética, aquela que nasce do seu autoconhecimento.


Nesse ponto, o processo não é sobre se encaixar, mas sobre ser você mesma na complexidade, e bancar o custo e a glória dessa autenticidade.



A Reflexão de um Filósofo


Essa passagem para a complexidade foi lindamente descrita pelo filósofo Friedrich Nietzsche, um pensador que nos convida a criar nossos próprios valores:


“Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.”

— Friedrich Nietzsche, Além do Bem e do Mal


Reflita: O amor aqui não é romântico, mas a força de um impulso vital, de uma vontade genuína.

Quando você age a partir da sua verdade mais íntima, compreendendo os seus mecanismos e assumindo o impacto deles, você se coloca em um lugar além do julgamento binário. Você se torna o protagonista de sua história, aceitando a luz e a sombra, e criando um caminho que só pode ser percorrido por você.


Sua jornada é única. É hora de honrá-la.


Estela Turozi.

Psicanalista Clínica


 
 
 

Comentários


Post: Blog2_Post
  • YouTube
  • Instagram
  • TikTok
  • Facebook

©2021 Todos os direitos reservados a Instituto Estela Turozi.

bottom of page